O metrô gaveano parece que vai sair do papel e submergir das águas, finalmente, após quase 10 anos de paralisação, imbróglios, promessas, declarações, manchetes, frustrações, protestos e prejuízos na casa do bilhão! O governador do Rio, Cláudio Castro, assinou nesta quarta-feira (2/10), no Palácio Guanabara, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), permitindo oficialmente a retomada das obras da Estação Gávea.
A expectativa é que as obras sejam retomadas em 60 dias, disse Castro, contrariando o secretário estadual de Transportes, Washington Reis, que assegurou publicamente que as obras recomeçam ainda este mês (outubro); do mesmo jeito que já havia assegurado que começariam em maio desse ano. Sendo assim, como já estamos habituados, é melhor esperar pelos fatos concretos antes de comemorarmos essa retomada.
E QUANDO TEREMOS A ESTAÇÃO GÁVEA FUNCIONANDO?
Apesar de membros do governo do estado terem aventado uma expectativa de três anos para a conclusão da estação, segundo declarações do governador à imprensa carioca, o novo prazo para a entrega da Estação Gávea só será divulgado após laudo técnico sobre a atual situação da estação. Hoje, o que sobrou da primeira obra permanece inundado para garantir a integridade da estrutura.
O PROJETO ATUALIZADO
De acordo com o novo projeto (foto acima), o espaço destinado à Estação Gávea, hoje coberto por água, incluirá uma nova praça para o bairro, o que é sempre uma boa notícia. No entanto, para baratear as obras (que na verdade já foram pagas por todos nós) a operação do Estação Gávea será via a conclusão de um trecho de 40 metros de galeria, apenas para interligar a Estação Gávea à Estação São Conrado/Rocinha.
O trecho entre o Leblon e a Gávea não será executado neste momento. Ou seja, se o gaveano quiser ir ao centro da cidade, por exemplo, terá que ir para trás, até a Estação São Conrado, para depois seguir para esse destino.
– Lutamos muito pelo projeto original, e está claro que nem tudo será como gostaríamos. No entanto, seria irresponsável continuar com as obras paralisadas indefinidamente com o componente de alto risco das condições das escavações preenchidas com água por um prazo que tecnicamente já está vencido – ponderou a Presidente da AMAGÁVEA Luiza Carneiro.
UMA OBRA FARAÔNICA
Ironicamente, as obras da Estação Gávea estão paralisadas desde 2015 por suspeita de superfaturamento, mas o prejuízo com a paralisação já soma mais de três bilhões de reais e é dos cofres públicos que sairão boa parte dos custos da conclusão da L4.
No novo acerto, o MetrôRio arcará com os custos para terminar as obras até o limite de R$ 600 milhões, em troca da unificação e da prorrogação da concessão por dez anos, se estendendo até 2048 — hoje, embora opere as três linhas, o MetrôRio tem a concessão apenas das linhas 1 e 2. O valor necessário para complementar as intervenções, de até R$ 90 milhões, será custeado pelo estado.
Fontes: Jornal O globo; G1; Agência Brasil; CNN Brasil
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