Obras do metrô

O Globo – Notícia publicada em 27/04/13 – 12h20
Obras do metrô: moradores da Gávea fazem manifestação contra a falta de estacionamento
Principais atingidos são moradores da Travessa Madre Jacinta

Leandra Lima

RIO — Moradores da Gávea tomaram a Travessa Madre Jacinta na manhã deste sábado para protestarem contra os impactos das obras da Linha 4 do Metrô na região. Esta semana, os moradores foram proibidos de estacionarem seus veículos na via pública para possibilitar a circulação de caminhões.

Cerca de 20 manifestantes empunham faixa com dizeres contra a quantidade de caminhões, que, segundo os moradores, transitam no entorno dia e noite, todos os dias da semana, e contra a montagem de um canteiro de obras em área da travessa sem a conclusão de um estudo de impacto.

Segundo a moradora da rua Maria Cristina Vieira, eles passam atualmente por problemas como falta de espaço para estacionarem seus carros na travessa, barulho por conta das atividades no canteiro de obras e do tráfego dos caminhões, e rachaduras em casas da região.

— Os cerca de 200 caminhões que trafegam por aqui 24 horas sem parar acabam com o nosso sono. Sem contar os impactos no trânsito. O metrô iniciou as obras sem que o projeto executivo fosse concluído. Daí eles tomam as decisões do dia para a noite, para fazer uma obra a toque de caixa, e não nos prestam esclarecimentos de nada! Queremos o metrô sim, mas queremos também cuidado, transparência, e informação por parte do metrô — protesta Maria Cristina.

A assessoria do Consórcio Construtor Rio Barra rebate as manifestações e diz que um planejamento para o trânsito na região já foi elaborado em conjunto com a CET-Rio. Segundo nota emitida pela empresa, foi instalado, em março, um centro de atendimento à população na Travessa Madre Jacinta. Lá estão disponíveis informações sobre as etapas das obras e sobre o empreendimento.

Um grupo de moradores pediu ao Consórcio Construtor Rio Barra que tentasse encontrar uma solução para as vagas de estacionamento público da Travessa. O Consórcio entrou em contato com a administração da PUC-Rio, para verificar a possibilidade de a universidade ceder vagas para os moradores. Não obtiveram sucesso, no entanto. A nota diz ainda que, por se tratar de vagas públicas, na rua, e não de estacionamento particular, não é possível utilizar recursos públicos para custear estacionamento privado.

URL: http://glo.bo/127HuUo

Visita às obras do Metrô

No dia 06 de Abril de 2013, representantes da Diretoria da AMAGÁVEA e moradores da Travessa Madre Jacinta realizaram uma visita técnica, nas instalações administrativas do Consórcio Construtor Rio Barra (CCRB) e nas obras de construção da linha de metro entre os bairros de São Conrado e Gávea, com o objetivo de conhecer as medidas de controle necessárias para minimizar os impactos ambientais e sociais, resultantes destas atividades. Dentre as diversas explicações dadas pelos responsáveis do CCRB, cabe salientar as seguintes medidas de controle, postas em prática nas frentes de obra visitadas, e que também serão implementadas nas obras de construção do metro na Gávea:
• Adotar medidas de controle no sentido de evitar a emissão de material particulado para a atmosfera e de reduzir o nível de ruídos provenientes da execução das obras e do fluxo de veículos;
• Gerenciamento dos resíduos gerados nas obras;
• Controle de ruídos (nível de pressão sonora) e vibrações nas vizinhanças;
• Programa de Monitoramento de Recalques;
• Sistema de Tratamento de Água;
• Programa de Monitoramento e Conservação da Biodiversidade;
• Estação de Tratamento de Efluentes Sanitários;
• Controle de tráfego nas ruas da Gávea;
• Controle de pragas e vetores nas instalações do CCRB;
• Preparação e resposta à emergências;
• Adotar medidas de controle para evitar o carreamento e o transbordamento de material da obra para as vias públicas;
• Implantar, durante a realização das obras, dispositivos de proteção aos pedestres e sinalização para veículos, de modo a minimizar o risco de ocorrência de acidentes;
• Não lançar quaisquer resíduos nos corpos d’água ou na rede de drenagem, e
• Não realizar queima de qual quer material ao ar livre.
Agora, cabe aos moradores da Gávea, com o devido apoio da AMAGÁVEA, cobrar efetivamente a implementação destes controles e monitorar a correta aplicação dos mesmos.

Compareça à Assembleia da AmaGávea

ACORDA GÁVEA!!! COMPAREÇA À ASSEMBLEIA DA AMAGÁVEA

QUANDO: 13/MARÇO/2013
HORA: 19:00 HRS.
LOCAL: PARÓQUIA NOSSA. SR.ª. DA CONCEIÇÃO.

Você sabe o que vai acontecer na Gávea nos próximos 3 anos??

Você conhece os próximos passos que o metrô pretende dar para prosseguir com as obras da linha 4, agora na Gávea?
Alguns moradores da Travessa Madre Jacinta já conseguiram informações. Em parceria com a Amagávea, em reunião na paróquia Nsa. Sra. Da Conceição (rua Marquês de São Vicente, 19) vamos além de obter mais informações, tentar dialogar com o metrô e a CET-Rio, para sabermos os impactos e buscarmos soluções alternativas. Precisamos da presença de muitos moradores para sermos ouvidos e termos sucesso! Está prevista a cobertura pelo RJTV!

Portanto, compareça no dia 13 de março à reunião para não perder o seu sono por 3 anos!!!

De 100 a 200 caminhões de 10 a 15 toneladas passarão com as pedras dinamitadas das obras, circulando por toda a Gávea, 24 horas por dia. Ou seja, não vamos dormir no horário de 22h às 6h da manhã!? E o trânsito no horário comercial, agravado pelos horários de entrada e saída das 20 escolas da Gávea?? E o preparo das estruturas das vias para o tráfego intenso de caminhões tão grandes e tão pesados??

Queremos diálogo com a PUC.

TÓPICOS PARA A REUNIÃO DO DIA 13 DE MARÇO:

– A insegurança pelo aumento do tráfego de pessoas circulando nas ruas da Gávea, tornaria necessária a instalação de cabines policiais ao longo da Rua Marquês de São Vicente para maior segurança dos moradores, a fim de não vivermos a insegurança e os recorrentes assaltos do Leblon.

– Como ficará o trânsito com a passagem de 100 a 200 caminhões por dia? E o impacto sonoro durante a madrugada nos próximos 3 anos? E os danos que serão causados nas vias com o tráfego intenso de caminhões tão grandes e tão pesados?

– Exigimos respeito aos moradores, animais domésticos e silvestres, assim como ao rio Rainha e às nossas árvores!

– Não conseguimos até o presente momento nenhum documento escrito comprovando os estudos dos impactos das obras na Gávea. A Gávea ainda não consta no EIA-RIMA, documento oficial que trata dos impactos ambientais, apesar das obras já terem se iniciado.

– Preocupação com a falta de diálogo e desrespeito, que assistimos ocorrer em Ipanema e Leblon, e pelos fatos já ocorridos na Gávea sem reunião com os moradores, nem audiência pública.

– Como a PUC deixará de ter 300 vagas para os seus alunos estacionarem seus carros teremos como conseqüência o estacionamento irregular nas ruas e calçadas da Gávea pelos alunos, caso não sobrevenha solução alternativa.