Caros moradores, confiram matéria de destaque na Revista Exame sobre o Metrô na Gávea:
“A história reúne elementos de surrealismo. Um equipamento chamado tuneladora, conhecido popularmente como “tatuzão”, está enterrado — ou, no caso, afogado — no buraco da Gávea. O equipamento custou mais de 100 milhões de reais. Somente ao longo do percurso da última estação, foram gastos cerca de 300 milhões com revestimentos de concreto, as chamadas aduelas. Todo esse investimento pode ter se deteriorado com o tempo e com o acúmulo de água. “Ninguém se prontificou a fazer esse levantamento e, enquanto isso, a obra se deteriora cada vez mais”, afirma Rene Hasenclever, presidente da Associação de Moradores e Amigos da Gávea, a Amagávea.
No bairro há 50 anos, Hasenclever acompanhou de perto a primeira fase do projeto da Linha 4, datada de 1998. A construção de seis estações que ligam a zona sul à zona oeste da cidade, hoje operando paralelamente às obras da Estação Gávea, custou cerca de 10 bilhões de reais. Com as suspeitas de superfaturamento do projeto, a obra da Estação Gávea foi paralisada em meados de 2016. Diante dos riscos de desabamento, Witzel chegou a dizer que aterraria o buraco com areia, algo que poderia custar de 20 milhões a 40 milhões de reais. O anúncio fez Hasenclever levantar 11 mil assinaturas para pressionar o governo a concluir a estação. Agora Witzel voltou atrás, dizendo que a obra precisa ser retomada. Mas como? O governo não deu entrevista.
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A expectativa é que a Justiça decida no final de setembro se o governo fluminense poderá desembolsar recursos para as obras da Estação Gávea. Enquanto isso, as empreiteiras aguardam a decisão. Do campus da PUC-Rio é possível enxergar de perto o imenso canteiro de obras da estação. Por lá circulam pelo menos 20 mil alunos, professores e funcionários. Em meio aos estudantes que passam apressados com seus smartphones, Rene Hasenclever relembra os tempos em que cursou economia na instituição. “Será que vamos ver essa obra concluída?”, diz. É uma pergunta importante não só para os moradores do Rio de Janeiro mas também para construtores interessados em assumir projetos neste complicado país chamado Brasil.”
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